Assim como nós humanos, os
animais de estimação também correm risco de desenvolver câncer. O câncer na
verdade, não é uma só doença, pois define a presença de tumor maligno e são vários os
tipos de tumores dessa natureza.
Se detectado em fases iniciais, o
animal poderá ser tratado e o tumor retirado cirurgicamente antes que ocorra a
metástase (quando uma célula do tecido ou órgão doente vai se instalar e
multiplicar em outros órgãos através da corrente sanguínea). Há chances de
prolongamento da vida do animal nesses casos, porém, mesmo com esses
procedimentos, a metástase pode já ter ocorrido e vir a se manifestar mais
tarde. Os tumores benignos, contudo, quando começam a crescer rapidamente,
devem ser retirados, pois podem tornar-se malignos.
Os tumores de mama, pele e
os linfomas são as
modalidades mais incidentes em nosso país. O câncer de mama é o tipo que mais
atinge cães e gatos. “A alta incidência de tumores da glândula mamária nas
fêmeas caninas e felinas no Brasil está diretamente relacionada ao fato de não
ser um hábito dos proprietários solicitarem a castração precoce de seus
animais”.
O câncer de pele é comum em cães
com mais de 8 anos e em gatos de pelagem branca. Algumas raças têm
predisposição genética a este tipo de tumor, como pit-bulls e weimaraners. A
doença se inicia pela proliferação indiscriminada de mastócitos. Para evitar
esta doença, a recomendação é passar filtro solar (específico para os animais) e para identificá-lo, o
proprietário deve ficar atento a manchas, nódulos e feridas na pele do animal.
O linfoma é o tumor que se
desenvolve nos gânglios de cães e, principalmente, de gatos. Pesquisas indicam
que a sua incidência é maior em animais de áreas urbanas do que em animais de
áreas rurais.
Os sinais da doença são bastante
inespecíficos em algumas situações, como emagrecimento, apatia, diarreia,
vômitos, febre constante, nódulos, aumento de volume ou deformidades anatômicas
podem ser indícios de tumores. Também se deve considerar a possibilidade de um
câncer quando ferimentos cutâneos ou de mucosas não cicatrizam, a despeito de
tratamento.
Os tratamentos existentes para o
câncer em cães e gatos podem ser de dois tipos: paliativo ou curativo. O
tratamento paliativo visa minorar o sofrimento do animal, quando não há
perspectiva de cura, mas a eutanásia é recomendada nos casos em que o
tratamento paliativo não consegue minorar o sofrimento do animal.
O tratamento curativo pode
envolver cirurgia, radioterapia e/ou quimioterapia.
A cirurgia, quando possível, é o
melhor tratamento e oferece maior índice de cura, mas, infelizmente, muitas são
mutilantes. Já no tratamento de quimioterapia, o animal tem que ser monitorado e
esse monitoramento, associado aos medicamentos, dietas especiais, etc., tornam
o tratamento bastante oneroso. Também existe a crioterapia, que consiste no
congelamento de determinadas células neoplásicas, causando a sua morte, podendo
ser utilizada em pequenas lesões de pele ou nas mucosas.
Acadêmicas:
Gracieli da Silva e Raiane Plisca dos Santos
Prática
Pedagógica da Disciplina Biologia Celular
É triste saber que nossos bichinhos também tem a possibilidade de desenvolver esta terrível doença. Por isso, deve-se sempre verificar qualquer tipo de lesão, seja ela em forma de ferida, nódulo, sangramento ou até mesmo questões ligadas ao emagrecimento progressivo, dificuldade em respirar, defecar, etc. O lado bom, é que se verificado o diagnóstico no início, tem maiores chance de cura, assim como nos seres humanos.
ResponderExcluirO trabalho foi muito bem elaborado e esclarecedor.
Letícia Peruzzo