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Na abordagem das doenças do coração da criança, tanto as que acometem o coração do feto, como as que irão lesar um coração previamente sadio, dois pontos são importantes: a prevenção e o diagnóstico precoce.
Para prevenir doenças congênitas, que ocorrem ainda no
útero, o ideal é que os pais tenham um organismo o mais saudável possível, e
bem preparado para conceber uma nova vida. Caso a futura família tenha incidência de
cardiopatias, o risco de lesão no coração do bebê é maior que entre a população
normal. O lúpus também representa um fator de risco cardíaco para as crianças,
e as mães portadoras dessa doença apresentam um índice elevado de filhos com
distúrbios no sistema de condução do coração. O diagnostico das lesões congênitas
pode ser feito ainda no útero, através da ecocardiografia fetal.
Durante a gravidez, deve-se evitar o consumo abusivo de
fumo, de álcool e sobre tudo drogas. Medicamentos aparentemente inofensivos,
como uma simples aspirina, podem causar danos ao coração do feto. O inicio da
gravidez, principalmente as oito primeiras semanas, são fundamentais para a
prevenção de problemas cardíacos, pois é nesse período que o coração se
constitui como órgão.
O trabalho de parto e o nascimento devem ser bem
acompanhados, pois a falta de assistência médica adequada pode acarretar
problemas pulmonares que vão se refletir no coração. Uma das manifestações mais
frequentes de doença cardíaca nessa fase é a cianose que deixa a criança com
uma coloração azulada.
Em alguns casos, a criança pode apresentar boas condições
gerais, mas na ocasião da alta do berçário, o pediatra, ao auscultar a criança,
perceber um sopro cardíaco. O sopro, que tanto assusta a família quando
detectado pelo pediatra, pode ser um fator importante para o diagnóstico. A ausência dessa manifestação, muitas vezes,
retarda o reconhecimento do problema, causando prejuízos à criança.
Não só ao nascer as crianças apresentam as doenças do
coração, as chamadas patologias adquiridas podem ser acometidas após o
nascimento também. No primeiro ano de vida, as viroses são a causa mais
frequente de lesões. Após os seis anos, atenção para a febre reumática que
ocorre, em média, duas semanas após uma amigdalite, e se não tratada
adequadamente, acarretará uma lesão definitiva no coração.
Previnir também é
importante nas crianças de família de hipertensos, coronariopatas, obesos e
diabéticos. Essas
atenções nos levarão a um diagnóstico precoce que facilitará o tratamento das
crianças. Prevenir é o melhor tratamento para as doenças do coração.
Fonte:
BARBOSA, R. C. O coração da criança. Ciencia
Hoje, nº 103, vol. 16, pg. 96, setembro de 1994.
Resumo elaborado por: Claudiane Schiavenin
Disciplina: Embriologia (2013)
Professora: Gladis Franck da Cunha
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