Pesquisadores da universidade
Federal de Minas Gerais, observaram gambás (Bidelphis
albiventris) para apresentar os resultados sobre o estudo de sua
reconhecida capacidade de proliferação sabendo que o gambá é um baixo produtor
de gametas.
Durante os estudos, foram
observados que a quantidade de espermatozoides que uma espécie pode liberar em
uma ejaculação é diretamente relacionada ao tamanho dos testículos, fatores
como ritmo de produção dos gametas e a capacidade de armazená-los nas vias
espermáticas.
Foram analisados a secreção de
testosterona nos períodos de acasalamento e não-acasalamento e a produção
espermática diária, a fim de obter dados morfológicos e funcionais dos
testículos do gamba. Os resultados mostram que o gamba, a exemplo de outros
marsupiais possuem uma baixa produção espermática diária, cerca de 3 milhões, isso
se da pelo fato de possuir poucas espermatogônias, tornando o processo de
transformação em 78 dias, o maior entre os mamíferos já estudados. Para
compensar, a espermatogênese do gambá ocorre quase sem perdas, em outros
mamíferos as degenerações são frequentes e, as vezes, elevadas.
Para explicar esse sucesso
reprodutivo mesmo com baixa produção espermática, supõe-se que os
espermatozoides destes marsupiais sobrevivam melhor no trato genital feminino
por se alojarem em criptas localizadas nas tubas uterinas que funcionam como
receptáculos. Além disso, pares de espermatozoides se associam pela cabeça,
através do acrossoma, permanecendo assim durante todo o percurso até o momento
em que o espermatozoide esteja prestes a penetrar no óvulo.
Outros trabalhos realizados com
coelhos mostram que uma fêmea recebe aproximadamente 150 milhões de
espermatozoides, sendo que, destes, apenas 0 a 1% atingem a tuba uterina, em
marsupiais, a fêmea recebe cerca de 3 milhões de espermatozoides dos quais 5%
chegam as tubas uterinas.
Esta contagem demostra que o
macho acompanhou a queda na produção de óvulos verificada na fêmea como advento
de fecundação interna e viviparidade, mas manteve uma alta fecundidade produzindo
espermatozoides capazes de permanecer viáveis no trato genital por mais tempo.
Além disso, a fêmea do gambá pode
dar à luz até três vezes durante o ano com gestações que duram de 12 a 14 dias,
com 10 a 20 filhotes em cada uma delas. Como nos restantes marsupiais, ao invés
de nascerem filhotes, nascem embriões com cerca de um centímetro de comprimento
portando as patas dianteiras, que se dirigem à bolsa, onde ocorre uma soldadura
temporária da boca do embrião com a extremidade do mamilo. Os filhotes
permanecem no marsúpio até uns 3 meses e, quando saem e, ainda não capazes de
viver sozinhos, são transportados pela mãe em seu dorso.
Em média com oito dias, os
filhotes de gambá apresentavam imaturidade facial acentuada, membros torácicos
mais desenvolvidos que os pélvicos, os olhos, as orelhas e a boca ainda estão fechadas.
Contudo, existe uma abertura na região anterior da boca onde ocorre a conexão
com a teta.
Filhotes com 60
dias de vida já apresentavam pelos distribuídos pelo corpo, membros torácicos e
pélvicos bem desenvolvidos, presença de garras em ambos os membros, características
faciais bem definidas como presença de vibrissas, olhos proeminentes, mas ainda
fechados, e orelhas bem desenvolvidas.
Artigo original: Revista Ciencia Hoje, Volume 18, Número 106, SBPC, janeiro/2005.
Resumo elaborado por: VAGNER KRIGER
Disciplina: Embriologia Animal
Professora: Gladis Franck da Cunha
Outros links:
http://www.greenpeace.org/brasil/PageFiles/4904/pops_impactosaude.pdf
Normatização de trabalhos acadêmicos.
ResponderExcluirQualidade e preço justo.
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