O quarto dia
no Mato Grosso do Sul misturou conhecimentos e prazer na dose exata. Conhecemos
a Fazenda Mimosa, uma propriedade “pequena” de “apenas” 450 hectares, que foi
comprada por uma empresa para explorar exclusivamente o turismo científico e
ecológico.
|
No início da trilha o guia Morales dá as orientações gerais |
As trilhas
na fazenda são definidas por biólogos e alternadas sempre que necessário, a fim
de permitir que o impacto ambiental das sucessivas visitas seja minimizado.
|
Vários trechos possuem passarelas suspensas para maior segurança e menor impacto ambiental. |
Na recepção
organizamos três grupos com no máximo 15 integrantes, que seria acompanhado por
um guia treinado, obedecendo aos mesmos critérios do Recanto Ecológico do Rio
da Prata.
Enquanto
aguardávamos a nossa vez interagimos com simpáticos papagaios que estão sendo
reintroduzidos no local, mas ainda se aproximam dos turistas para conseguir
algum quitute.
|
Caverna calcária formada pelo antigo leito do rio Mimoso |
Ao lado da
sede da fazenda há um lago com jacarés e junto a este há uma área que está
sendo recomposta a partir do uso agrícola. Isto é mesmo interessante, pois são
plantadas hortaliças sem utilização de agrotóxicos. Não são feitos canteiros e
diferentes espécies são misturadas, dessa forma elas vão tratando o solo
desgastado e aos poucos sementes de espécies nativas vão sendo acrescentadas
até que uma mata natural volte a se formar.
|
Sede da Fazenda Mimosa |
Enquanto a
terra está sendo preparada, as hortaliças produzidas são utilizadas nas
refeições servidas aos visitantes.
|
Um trecho da trilha é percorrido em botes de alumínio. |
O encanto da
fazenda Mimosa está no riacho com 9 cachoeiras que vamos visitando ao longo do
percurso. Em três delas foi possível tomarmos refrescantes banhos e até mesmo
saltar de uma plataforma de 6 metros de altura, nem todo mundo saltou, mas
todos se divertiram muito.
|
Rio Mimoso com seus travertinos |
A beleza do
riacho se deve ás características químicas da água bastante rica em carbonato
de cálcio que ‘afunda’ a matéria orgânica mantendo-se transparente e vai
formando travertinos naturais que criam patamares de água.
|
Detalhe dos travertinos |
A trilha
percorrida ficava dentro da mata, desse modo, não houve necessidade de
utilização de filtro solar, foi uma atividade de paz, sombra e água fresca, mas
muita caminhada também. Assim, quando voltamos á sede o almoço foi muito
apreciado, especialmente por estar delicioso.
|
O desnível da imagem indica que não foram poucas as escadas |
No mato observamos alguns estragos produzidos por uma enxurrada durante o período de
chuvas que, em 2011, foi bem acima da média. Alie-se a isso o fato da estrada
estar sendo asfaltada e a consequente impermeabilização do solo ter aumentado a
velocidade das águas.
|
Pausa para foto e para respirar. |
A solução
para reduzir o impacto da estrada foi abrir várias piscinas nas laterais da
estrada. Na verdade são buracos de 50 metros separados uns dos outros que
servem para reduzir a velocidade das águas nos dias de muita chuva.
|
As placas de identificação explicam características dos vegetais mais significativos. |
Com as
energias renovadas seguimos para o passeio de bote com algumas corredeiras. Nesta
atividade aprendemos a nos posicionar para garantir a segurança no trajeto.
Além disso, remamos, remamos, remamos e fizemos muita guerra com baldes d’água.
|
Orientações para travessia segura |
|
Todos à bordo! |
|
Sigam o líder! |
|
Cena da Batalha Naval |
|
Cena da Batalha Naval |
|
Cena da Batalha Naval |
|
Atenção! Posição de cachoeira! |
|
Arrancada final! |
Ao final da tarde, voltamos para o hotel,
doloridos (especialmente nos braços e pernas), mas muito animados, afinal, a
programação do dia seguinte nos reservava uma escadaria com 800 degraus, mas
isto é assunto para outra postagem.
Por Gladis Franck da Cunha
Fotos da trilha: Isaias Malta
Fotos dos Botes: guias
Nenhum comentário:
Postar um comentário