segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Entre trilhas e Cachoeiras da Fazenda Mimosa


O quarto dia no Mato Grosso do Sul misturou conhecimentos e prazer na dose exata. Conhecemos a Fazenda Mimosa, uma propriedade “pequena” de “apenas” 450 hectares, que foi comprada por uma empresa para explorar exclusivamente o turismo científico e ecológico.
No início da trilha o guia Morales dá as orientações gerais
 As trilhas na fazenda são definidas por biólogos e alternadas sempre que necessário, a fim de permitir que o impacto ambiental das sucessivas visitas seja minimizado.
Vários trechos possuem passarelas suspensas para maior segurança e menor impacto ambiental.
 Na recepção organizamos três grupos com no máximo 15 integrantes, que seria acompanhado por um guia treinado, obedecendo aos mesmos critérios do Recanto Ecológico do Rio da Prata.
Enquanto aguardávamos a nossa vez interagimos com simpáticos papagaios que estão sendo reintroduzidos no local, mas ainda se aproximam dos turistas para conseguir algum quitute.
Caverna calcária formada pelo antigo leito do rio Mimoso
 Ao lado da sede da fazenda há um lago com jacarés e junto a este há uma área que está sendo recomposta a partir do uso agrícola. Isto é mesmo interessante, pois são plantadas hortaliças sem utilização de agrotóxicos. Não são feitos canteiros e diferentes espécies são misturadas, dessa forma elas vão tratando o solo desgastado e aos poucos sementes de espécies nativas vão sendo acrescentadas até que uma mata natural volte a se formar.
Sede da Fazenda Mimosa
Enquanto a terra está sendo preparada, as hortaliças produzidas são utilizadas nas refeições servidas aos visitantes.
Um trecho da trilha é percorrido em botes de alumínio.

O encanto da fazenda Mimosa está no riacho com 9 cachoeiras que vamos visitando ao longo do percurso. Em três delas foi possível tomarmos refrescantes banhos e até mesmo saltar de uma plataforma de 6 metros de altura, nem todo mundo saltou, mas todos se divertiram muito.
Rio Mimoso com seus travertinos
A beleza do riacho se deve ás características químicas da água bastante rica em carbonato de cálcio que ‘afunda’ a matéria orgânica mantendo-se transparente e vai formando travertinos naturais que criam patamares de água.
Detalhe dos travertinos
A trilha percorrida ficava dentro da mata, desse modo, não houve necessidade de utilização de filtro solar, foi uma atividade de paz, sombra e água fresca, mas muita caminhada também. Assim, quando voltamos á sede o almoço foi muito apreciado, especialmente por estar delicioso.
O desnível da imagem indica que não foram poucas as escadas
No mato observamos alguns estragos produzidos por uma enxurrada durante o período de chuvas que, em 2011, foi bem acima da média. Alie-se a isso o fato da estrada estar sendo asfaltada e a consequente impermeabilização do solo ter aumentado a velocidade das águas.
Pausa para foto e para respirar.
A solução para reduzir o impacto da estrada foi abrir várias piscinas nas laterais da estrada. Na verdade são buracos de 50 metros separados uns dos outros que servem para reduzir a velocidade das águas nos dias de muita chuva.
As placas de identificação explicam características dos vegetais mais significativos.
Com as energias renovadas seguimos para o passeio de bote com algumas corredeiras. Nesta atividade aprendemos a nos posicionar para garantir a segurança no trajeto. Além disso, remamos, remamos, remamos e fizemos muita guerra com baldes d’água.
Orientações para travessia segura
Todos à bordo!
Sigam o líder!
Cena da Batalha Naval 
Cena da Batalha Naval
Cena da Batalha Naval
Atenção! Posição de cachoeira!
Arrancada final!
Ao final da tarde, voltamos para o hotel, doloridos (especialmente nos braços e pernas), mas muito animados, afinal, a programação do dia seguinte nos reservava uma escadaria com 800 degraus, mas isto é assunto para outra postagem.


Por Gladis Franck da Cunha
Fotos da trilha: Isaias Malta
Fotos dos Botes: guias

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