domingo, 7 de agosto de 2011

Entre grutas e serpentes, o segundo dia de uma grande aventura!


Foto disponibilizada no facebook de Natalia Schneider

Em nosso segundo dia (18/07/2011), visitamos as grutas de São Miguel e da Lagoa Azul pela manhã e à tarde conhecemos o Projeto Jiboia e o Aquário de Bonito, MS.

As Grutas de São Miguel estão localizadas no Parque Ecológico da Reserva Natural do Vale das Anhumas, apenas 12 km de distante do centro da cidade de Bonito, MS. No caminho a paisagem comum do gado branco nas pastagens naturais de um ecossistema do tipo savana.
Foto de Isaias malta
 O passeio às Grutas de São Miguel, além de suas belezas, oferece uma das melhores e mais avançadas infraestruturas de visitação de cavernas do Brasil. A recepção é muito bonita e bem estruturada. Com um mirante e uma mostra arqueológica de objetos construídos pelas tribos indígenas da região.
Fachada da recepção das Grutas de São Miguel (foto de Arquivo)
Vista posterior da recepção com mirante (fotode arquivo)
Exposição arqeológica (foto de arquivo)
 Além disso, estão sendo introduzidos alguns animais no local que ainda recebem alimentos, por isso, sem muito medo alguns deles se aproximam para deleite dos fotógrafos atentos.
Graxaim (lobinho) que está sendo introduzido na reserva (foto de Isaías Malta)
Araras vermelhas em processo de reintrodução na natureza (Foto de Isaías Malta)
Este pequeno casal não economizou no ninho! (foto de Isaías Malta)
 Antes de iniciar a visita o grupo de no máximo 15 pessoas assiste a um vídeo ilustrativo e recebe orientações de um guia com formação em Geologia.
Grupo assistindo ao vídeo ilustrativo (foto de Isaías Malta)
 O acesso à gruta é feito por uma trilha suspensa, com mais de 200 metros de extensão, por entre as copas das árvores, que conduz até a entrada da caverna, com pausas para observações e explicações sobre os elementos da região.

A trilha suspensa emociona um pouco pelo balanço! (Foto de Isaias Malta)
 As Grutas de São Miguel têm a cavidade seca, indicando que o processo de evolução se encerrou há muito tempo. Na entrada da gruta os troncos das árvores se somam aos pilares formados pelas estalactites e estalagmites.
Entrada da gruta (foto de Isaías Malta)
 A cavidade principal mostra uma grande variedade de espeleotemas de formas curiosas - estalactites, estalagmites, ninhos e corais de calcário que foram esculpidos pela natureza, durante milhões de anos.
Espelotemo do tipo coral calcáreo (foto de arquivo)
Espelotema do tipo ninho (foto de arquivo).
 Há várias entradas de luz que, dependendo da hora do dia, criam interessantes efeitos luminosos.
Efeitos de luz (foto de arquivo)
 Todavia, os efeitos de luz aliados a formas que eram interpretadas como imagens de santos, levou muitos visitantes do passado a destruírem o trabalho geológico para arrancar pedaços da rocha e levar para casa.
Formação que lembra imagen Sacra (foto de arquivo)
 Atualmente, as visitas são supervisionadas e a trilha de circulação esta demarcada no solo.

Além das espécies cavernícolas há estrangeiros que se abrigam na gruta como uma coruja que vimos na entrada, uma família de lobinhos que dorme e procria na gruta e, próximo à saída o guia chama a atenção para ums das atrações que é a presença de morcegos no teto.

Olhando os morcegos (foto de Isaias Malta).
Os morcegos no teto próximos a uma formação que lembra um morcego (Foto de Isaias Malta)

Estes estrangeiros trazem restos de animais e fezes para o interior da caverna, contribuindo com a matéria orgânica necessária à sobrevivência dos cavernícolas. Os morcegos da caverna são pequenos e ficam no alto dificultando a visualização. Felizmente na recepção encontramos espécimes bem maiores, como pode-se ver abaixo.
Espécimes de "Murcegus sorridentus" (foto de Isaías Malta)
 Ao sair da gruta voltamos à recepção em um carro elétrico (não poluente) e logo embarcamos em direção à Gruta da Lagoa Azul.

Gruta da Lagoa Azul

Lagoa Azul no fundo da Gruta (foto de arquivo)
 Descoberta por um índio Terena em 1924, a caverna possui em seu interior um lago azul com dimensões que a tornam uma das maiores cavidades inundadas do planeta. Uma de suas formações chama a atenção por formar as letras L e A de Lagoa Azul (se não viu na foto anterior veja abaixo).

Fromação que lembra um L e um A no fundo da lagoa (foto de arquivo)
 Em 1992 uma expedição Franco-Brasileira de espeleomergulhadores, encontrou uma série de fósseis de mamíferos - como o tigre de dente de sabre e preguiça gigante - que viveram durante o período geológico do Pleistoceno - 6.000 a 10.000 anos atrás. Estas informações são dadas pelos guias que acompanham os grupos de até 15 pessoas e também estão escritas em placas informativas junto à recepção.

Antes de seguir para gruta é necessário colocar os equipamentos obrigatórios, ou seja, uma “linda” touquinha e um capacete, que somente serão retirados na saída da caverna. Quem não achou muito fácil vestir a touca foi o Fábio.

Colocando os equipamentos, ao fundo vê-se as dificuldades do Fábio Giacomelli com a touca (foto de Isaías Malta)
 Com suas formações geológicas - não só o teto como o piso da gruta estão repletos de espeleotemas de várias formas e tamanhos, que despertam a atenção dos turistas e pesquisadores do mundo inteiro.

O Parque Estadual Gruta da Lagoa Azul foi criado em 9 de junho de 2000 e homologado em 20 de dezembro de 2000, com uma área de 12.512 hectares, abrangendo o município de Nobres, no Estado de Mato Grosso, região centro-oeste do Brasil. Antes da implantação do parque a gruta era livremente utilizada para passeios e piqueniques, que redundaram na deposição de grande quantidade de lixo no lago. No início de implantação do parque foram retirados da gruta cerca de 5 caminhos de resíduos sólidos.

As grutas e cavernas são de formações calcárias em forma de dolinas incrustadas na serra de Nobres com lagoas de águas azuis cristalinas, com presença de espeleotemas como estalactites, estalagmites, cortinas e colunas, patrimônio de grande importância cultural e cênica.

Interior da gruta com espeleotemas diversos, alguns dos quais se projetam horizontalmente (foto de arquivo)
 Após uma descida um tanto úmida e escorregadia com 100 m, depara-se com um lago de águas intensamente azuladas, cuja profundidade estima-se ser de 90 m. Ninguém sabe ao certo de onde vêm suas águas, acredita-se na existência de um rio subterrâneo, que alimenta o lago.

No ponto de maior aproximação ao lago são tiradas as últimas fotos e se parte para a árdua subida, que costuma ser feita, aos poucos. Porém, num dado momento a Gabriela Avlad tomou a dianteira e ninguém mais segurou nosso grupo, que acabou subindo um pouco mais rápido do que o usual.

Foto do grupo tirada pelo guia.
 Finda esta etapa seguimos para o almoço e de lá para o Projeto Jiboia.

Projeto Jiboia

Este projeto organizado por Henrique Naufal têm como objetivos principais:

1- Vencer o desafio de fazer as pessoas passarem a respeitar esses animais no meio ambiente.

2- Fornecer animais sadios e legalizados para o mercado de animais de estimação, porem a abertura de novos criadores esta suspensa pelo IBAMA desde 2002.

3- Esclarecer as pessoas que passam em visita por Bonito MS, o que é verdade e o que é mito em relação às serpentes.

4- Trabalhar gratuitamente com a população local através de visitação de escolas para podermos mostrar a importância das serpentes no meio ambiente como fonte de proteína para aves e mamíferos carnívoros, e também sua importância como predadora, para controlar a população de roedores que podem ser muito mais nocivos ao homem que a própria serpente. Com esse trabalho o projeto busca mudar a cultura local em relação às serpentes, evitando assim sua matança indiscriminada na natureza!
Henrique Naufal com a jiboia 'Cinza' ao pescoço (Foto de Isaías Malta)
 O carisma e bom humor de Henrique permitem que informações importantes sobre as serpentes sejam assimiladas de forma prazerosa. Ao final, assimo como a Jhenifer, todos os integrantes de nossa trupe intrépida tiraram fotos com a Cinza no pescoço, mesmo os que iniciaram esta atividade temerosos.

Jhenifer C. Cardoso, Henrique e Cinza ( foto de Isaías Malta)

Do Projeto Jiboia, ainda fomos visitar o Aquário de Bonito e de lá para o Hotel, já que na manhã seguinte deveríamos partir as 5 horas da manhã para Miranda, que se localiza, efetivamente, no Pantanal Matogrossense.

Por Gladis Franck da Cunha

Sites oficiais:
1 – Grutas de São Miguel - http://www.bonitobrazil.com.br/PASSEIOS-3-33-GRUTAS+DE+SAO+MIGUEL.htm
2- Gruta da Lagoa Azul - http://www.portalbonito.com.br/guia-passeio/ecoturismo-em-bonito/gruta-do-lago-azul
3- Projeto Jiboia - http://www.projetojiboia.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário