sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

BIÓLOGA FORMADA NO CARVI/UCS DESENVOLVE TRABALHO NO PROJETO TAMAR

Relato das atividades da Bióloga Vanessa F. Schmitt:
Atividade de Campo - Biometria da Tartaruga Oliva.

Iniciei meu trabalho no Projeto TAMAR em Pirambu-SE, na Reserva Biológica de Santa Isabel, no dia 05 de outubro de 2010. Logo que cheguei recebi um curso de capacitação inicial, onde aprendi técnicas de trabalho e aprofundei meus conhecimentos sobre o trabalho que atualmente já ajudou na proteção e conservação de 5 espécies de tartarugas marinhas que estão em risco de extinção, são elas: Eretmochelys imbricata (Tartaruga de pente), Chelonia mydas (Tartaruga verde), Lepidochelys olivacea (Tartaruga oliva), Caretta caretta (Tartaruga cabeçuda), Dermochelys coriacea (Tartaruga de couro).

Meu trabalho abrange: a parte do campo (coleta de dados), educação ambiental, pesquisa e atendimento ao público que visita o CEA (centro de visitantes) presente na Base do TAMAR.

O trabalho de campo envolve as “tartarugadas” (esse trabalho é realizado à noite, pois é o momento em que as tartarugas fêmeas vêm à praia p/ desovar e nesse momento fazemos o flagrante da mesma e coletamos os seguintes dados: nome da espécie; biomotria (medição de comprimento e largura do casco, veja foto acima).

Analisamos se ela possui alguma marca de identificação (se a tartaruga não apresentar a marca, então colocamos uma, sempre nas nadadeiras anteriores), retiramos tecido para análise de DNA e verificamos, também, se há alguma deformação ou se está normal, etc.

Após o flagrante e realização da postura da tartaruga é feita a marcação dos ninhos na praia, durante o período de incubação é realizado o monitoramento nas praias, a fim de auxiliar na proteção e integridade dos ninhos devido a presença de turismo em alguns pontos; também marcamos o local do ninho com GPS.

Com 45 a 50 dias esses filhotes eclodirão do ninho, então nós abrimos o ninho e fazemos a contagem de cascas para ver quantos nasceram e quantos não eclodiram. Assim, podemos saber a quantidade de ovos depositados.

A base do Projeto Tamar possui um cercado de incubação, onde são colocadas as desovas trazidas pelos monitores de praia os chamados “tartarugueiros”. Eles recolhem os ninhos que se encontram em áreas de risco. Os ovos recolhidos passam pelo mesmo processo de incubação e quando os filhotes nascem são levados a praia, para depois ser realizada contagem das cascas.

Educação Ambiental
Trabalho na EA: “Como anda nosso mundo”.

No trabalho relacionado à Educação Ambiental (EA): realizamos visitas nas escolas próximas ao Projeto, onde iniciamos o trabalho com uma palestra sobre o Projeto TAMAR, preservação e vida das tartarugas, informando quais são os animais que são protegidos aqui no Brasil.

Na segunda parte fazemos um teatro onde às crianças é que participam e também temos o trabalho com o globo chamado “Como anda nosso mundo”, nesse trabalho as crianças participam conversando e colocando vivências sobre família, interação com o seu mundo e a preservação das tartarugas. Ao final avaliamos esse trabalho com desenhos e questionários.

É um trabalho maravilhoso, gratificante, as crianças participam ativamente, demonstram alegria e satisfação. São escolas e ambientes com pouca estrutura que estão de portas abertas para receber quem queira auxiliar positivamente no trabalho. Na EA também conseguimos trabalhar com as crianças com brincadeiras e atividades diversas.

No Centro de Educação Ambiental atendemos os visitantes que vêm a passeio e também grupos que enviam uma solicitação, nesses casos passamos uma palestra sobre o projeto e completamos com visitação pelo parque, onde temos o museu da Tartaruga Marinha o cercado de incubação e os tanques com tartarugas marinhas de três espécies diferentes (Tartaruga Oliva, Tartaruga cabeçuda e Tartaruga de pente), que são as mais encontradas aqui em Sergipe.

Também mostramos alguns outros animais que o parque ajuda a proteger.

Enfim, o trabalho é grandioso, pois busca envolver as comunidades na proteção e conservação das tartarugas marinhas, com diferentes trabalhos e procurando cada vez mais soluções para que o homem possa conviver positivamente com o ambiente e conseqüente com os diferentes ecossistemas que o enredam.

Texto e fotografias de Vanessa F. Schmitt.

2 comentários:

  1. Conheço bem a Vanessa e senti a sua determinação e firmeza quando me falou, no balcão do Hotel Dall Onder um dia, que queria ir a luta e trabalhar no Projeto Tamar. Aí está o exemplo de uma autêntica batalhadora pelas causas que acredita. Vá em frente, Vanessa. Parabéns pela iniciativa e persistência. Assim se amálgama um biólogo.

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  2. Noossaaa sabe eu também amaria trabalhar lá....desde o momento que eu conheci e visitei em floripa....a base lá é pequena mas é um maravilhoso trabalho....e as tartarugas são animais extraordinários...
    Adorei....Parabéns colega....espero nos encontrar um dia pois esse é um desejo que eu tenho também!!!
    Parabéns mais uma vez

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