segunda-feira, 24 de junho de 2013

Câncer: um mal que também assola os animais domésticos


Assim como nós humanos, os animais de estimação também correm risco de desenvolver câncer. O câncer na verdade, não é uma só doença, pois define a presença de tumor maligno e são vários os tipos de tumores dessa natureza.

Se detectado em fases iniciais, o animal poderá ser tratado e o tumor retirado cirurgicamente antes que ocorra a metástase (quando uma célula do tecido ou órgão doente vai se instalar e multiplicar em outros órgãos através da corrente sanguínea). Há chances de prolongamento da vida do animal nesses casos, porém, mesmo com esses procedimentos, a metástase pode já ter ocorrido e vir a se manifestar mais tarde. Os tumores benignos, contudo, quando começam a crescer rapidamente, devem ser retirados, pois podem tornar-se malignos.

Os tumores de mama, pele e os linfomas são as modalidades mais incidentes em nosso país. O câncer de mama é o tipo que mais atinge cães e gatos. “A alta incidência de tumores da glândula mamária nas fêmeas caninas e felinas no Brasil está diretamente relacionada ao fato de não ser um hábito dos proprietários solicitarem a castração precoce de seus animais”.

O câncer de pele é comum em cães com mais de 8 anos e em gatos de pelagem branca. Algumas raças têm predisposição genética a este tipo de tumor, como pit-bulls e weimaraners. A doença se inicia pela proliferação indiscriminada de mastócitos. Para evitar esta doença, a recomendação é passar filtro solar (específico para os animais) e para identificá-lo, o proprietário deve ficar atento a manchas, nódulos e feridas na pele do animal.

O linfoma é o tumor que se desenvolve nos gânglios de cães e, principalmente, de gatos. Pesquisas indicam que a sua incidência é maior em animais de áreas urbanas do que em animais de áreas rurais.

Os sinais da doença são bastante inespecíficos em algumas situações, como emagrecimento, apatia, diarreia, vômitos, febre constante, nódulos, aumento de volume ou deformidades anatômicas podem ser indícios de tumores. Também se deve considerar a possibilidade de um câncer quando ferimentos cutâneos ou de mucosas não cicatrizam, a despeito de tratamento.

Os tratamentos existentes para o câncer em cães e gatos podem ser de dois tipos: paliativo ou curativo. O tratamento paliativo visa minorar o sofrimento do animal, quando não há perspectiva de cura, mas a eutanásia é recomendada nos casos em que o tratamento paliativo não consegue minorar o sofrimento do animal.

O tratamento curativo pode envolver cirurgia, radioterapia e/ou quimioterapia.

A cirurgia, quando possível, é o melhor tratamento e oferece maior índice de cura, mas, infelizmente, muitas são mutilantes. Já no tratamento de quimioterapia, o animal tem que ser monitorado e esse monitoramento, associado aos medicamentos, dietas especiais, etc., tornam o tratamento bastante oneroso. Também existe a crioterapia, que consiste no congelamento de determinadas células neoplásicas, causando a sua morte, podendo ser utilizada em pequenas lesões de pele ou nas mucosas.



Acadêmicas: Gracieli da Silva e Raiane Plisca dos Santos
Prática Pedagógica da Disciplina Biologia Celular
Professora: Gladis Franck da Cunha 

Um comentário:

  1. É triste saber que nossos bichinhos também tem a possibilidade de desenvolver esta terrível doença. Por isso, deve-se sempre verificar qualquer tipo de lesão, seja ela em forma de ferida, nódulo, sangramento ou até mesmo questões ligadas ao emagrecimento progressivo, dificuldade em respirar, defecar, etc. O lado bom, é que se verificado o diagnóstico no início, tem maiores chance de cura, assim como nos seres humanos.
    O trabalho foi muito bem elaborado e esclarecedor.
    Letícia Peruzzo

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