domingo, 5 de maio de 2013

HEMATOPOIESE

A hematopoiese, também conhecida como hemocitopoese ou hematopoese é o processo de renovação celular do sangue por meio de processos mitóticos, pois estas células possuem vida muito curta.

 A hematopoiese começa por volta da terceira semana de gestação e altera seus ciclos de produção de acordo com a idade.

  Períodos em que ocorre: 

Nas primeiras semanas de gestação (aproximadamente 19° dia), o saco vitelino é o principal local de hematopoiese. De seis semanas até seis a sete meses de vida fetal, o fígado e o baço são os principais órgãos envolvidos e continuam a produzir os elementos figurados do sangue até cerca de duas semanas após o nascimento.

A medula óssea dos ossos chatos, é o local mais importante a partir de seis a sete meses de vida fetal e, durante a infância e a vida adulta, é a única fonte de novos elementos figurados.

As células em desenvolvimento estão situadas fora dos seios da medula óssea, enquanto as maduras são liberadas nos espaços sinusais e na microcirculação medular e, a partir daí, na circulação geral.

No período da lactação, toda a medula óssea é hematopoética, mas durante a infância há substituição progressiva da medula por gordura nos ossos longos, de modo que a medula hemopoética no adulto é confinada ao esqueleto central e às extremidades próximais do fêmur e do úmero.

Mesmo nessas regiões hematopoéticas, aproximadamente 50% da medula é de gordura. A medula óssea gordurosa remamente é capaz de reverter para hematopoese e, em muitas doenças , também há expansão da mesma nos ossos longos.

Além disso, o fígado e o baço podem retormar seu papel hematopoético fetal (hematopoese extramedular).

Medula Óssea: 

A medula óssea com atividade hematopoiética é conhecida como medula vermelha, enquanto o restante dos ossos possui medula óssea amarela preenchida com tecido gorduroso.

Como ocorre: As células hematológicas tem todas uma origem em comum, ou seja, derivam de uma única célula mãe, totipotente, chamada de célula tronco. Essas células tronco tem como principal característica a capacidade de auto-renovação e a pluripotencialidade.


Após estímulo apropriado estas células vão dar origem a duas linhagens hematológicas: as células linfóides e as células mielóides. Estas células que são reconhecidas pela sua capacidade de formar colônias específicas em meios de cultura são chamadas progenitoras, essas por sua vez vão dar origem as células precursoras que nós podemos reconhecer como as precursoras imediatas das diversas células maduras presentes no sangue.

O progenitor mielóide dá origem aos eritrócitos, plaquetas, granulócitos (neutrófilos, eosinófilos, basófilos), mastócitos e os monócitos.

O progenitor linfóide da origem a linfócitos T e B e células NK (natural killer). Granulócitos eosinófilos, geralmente chamados de eosinófilos(ou, menos comumente, acidófilos), são células do sistema imune responsáveis pela ação contra parasitas multicelulares e certas infecções nos vertebrados.

Junto com os mastócitos, também controlam mecanismos associados com a alergia e asma. Desenvolvem-se na medula óssea (hematopoiese) antes de migrar para o sangue periférico. Tais células são eosinofílicas (possuem "afinidade por ácido") - normalmente transparentes, aparecem de cor vermelho-tijolo após coloração com a eosina, um corante vermelho e ácido.

 A coloração fica concentrada em pequenos grânulos no citoplasma celular, que contêm vários mediadores químicos, como a histamina e proteínas como a peroxidase de eosinófilos, ribonuclease (RNase), desoxirribonucleases, lipase, plasminogênio, e a proteína básica maior.

Estes mediadores são liberados por um processo chamado degranulação após a ativação do eosinófilo, e são tóxicos para os tecidos do parasita e hospedeiro. Em indivíduos normais eosinófilos constituem cerca de 1-6% das células brancas do sangue, e têm cerca de 12-17 micrômetros de tamanho.

Em condições normais são encontrados na medula óssea, na junção entre o córtex e medula do timo, no trato gastrointestinal, ovário, útero, baço e linfonodos, mas não em órgãos como o pulmão, pele e esôfago. A presença de eosinófilos no último desses órgãos está associado a algumas doenças. Eosinófilos persistem na circulação por 8-12 horas, e podem sobreviver nos tecidos por um período adicional de 8-12 dias.

Resumo elaborado pelos acadêmicos: Fábio Cignachi, Jéssica Rosa e Renata Zilio
Disciplina: Biologia Celular, 2012.

Fontes: 
EPM – virtual: imunologia – células
INFOESCOLA: sangue 
PORTAL SÃO FRANCISCO: Hematopoiese
Wikipedia – hemocitoblasto

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